terça-feira, 30 de outubro de 2007

"apenas morreu um infeliz?"

Autarca do teixoso diz que excesso de álcool nos jovens originou tragédia
"O que está por trás disto é o excesso de álcool", diz o presidente da Junta de Freguesia do Teixoso, onde situa a aldeia de Borralheira de Orjais, onde na madrugada de domingo morreu um homem amarrado a um gradeamento.
Em declarações à Lusa, Carlos Mendes associa-se ao "sentimento generalizado" que diz existir na população local perante a "situação macabra" que colocou em prisão quatro dos alegados autores da "brincadeira de mau gosto", como lhe chama o autarca. "Não acredito que eles decidissem: vamos matar este gajo. Foi uma brincadeira de mau gosto", considera. João Inácio, 42 anos, foi encontrado morto domingo ao nascer do dia, parcialmente preso na grade de uma janela de um bar na aldeia onde residia, depois de ter estado, com os alegados responsáveis pela sua morte, a consumir bebidas alcoólicas em grandes quantidades. Depois de o atarem, acabariam por abandonar o local, deixando o homem com as mãos e as pernas presas por cordas, à mesma altura, e a cabeça pendida. Quando, ao alvorecer, um dos habitantes da aldeia deu com o "cenário", já João Inácio morrera. O funeral realiza-se hoje para o cemitério da aldeia do sopé da Serra da Estrela, depois uma autópsia que aguarda exames toxicológicos para apurar as causas da morte. "O que me preocupa é que estava lá gente mais velha que não alertaram e disseram: Parem com essa coisa estúpida", confessa Carlos Mendes. Os detidos agora a aguardar julgamento na cadeia têm 17 anos, 22 anos, dois deles, e cerca de 40 o mais velho. Mas mais pessoas terão assistido à "brincadeira", diz-se à boca cheia na aldeia, o que deixa antever que poderão ser constituídos mais arguidos. O presidente da junta acentua ainda o facto de os supostos autores da morte do conterrâneo serem de "famílias equilibradas, com algumas posses até". Refere mesmo que dois deles integram o rancho folclórico local, usando esse facto para dizer que se trata de jovens integrados e não constituem situações de risco ou prováveis marginais desintegrados da sociedade onde vivem. Outra factor que Carlos Mendes nomeia é "O papel que a GNR tem nisto", ao poder impedir que grupos fiquem até de madrugada na rua a perturbar uma comunidade e a ter comportamentos que podem acabar em tragédia, como aconteceu domingo. A integração na comunidade e os rituais a ela associados é outro dos pontos que o autarca aborda brevemente: "Se não beber, não posso fazer parte do grupo", considera ser um dos dilemas com que se confrontam os adolescentes ou jovens na passagem para a idade adulta. Neste caso, "quem acabou por pagar foi o elo mais fraco", diz, referindo-se à vítima, um desempregado e doente, divorciado, que toda a gente na aldeia de 400 habitantes elogia como "boa pessoa".
extraido do jornal "público"

transcrevo aqui alguns dos comentários que o artigo suscitou num forum da net:

"Brincadeira de mau gosto??? Assassinato sádico!!! Esta é a única definição para desmentir o descalabro das afirmações de um autarca que deve ser padrinho de algum destes bandidos."

Miséria!!!
Com autarcas destes e gente desta, é melhor dá-los aos porcos!!!
Pessoas de bem???Por favor.....


Apenas morreu um infeliz
A morte de um infeliz pouco significado tem nesta democracia virtual. Outros valores se levantam. O interesse pessoal está acima da ética. Até onde nos irão levar estes valores???

Este país.....não devia nunca existir!!
....super religioso, moralista, preconceituoso, elitista, mas, sobretudo hipócrita! Não existe só uma crise da valores, existe um vazio nas leis, uma confusão moral que leva a defender e proteger os maus alunos, os criminosos da prisão máxima, que já por si, 25 anos, é ridícula. Ao fazer isto estamos a tirar o chão aos jovens responsáveis, aos bons alunos e cidadãos!! Mas isto é agravado com declarações dos políticos e autarcas a descriminalizar, num ar de tolerância e compreensão balofas, os criminosos! O alcool não é desculpa! A droga não é desculpa, a família não é atenuante, o rancho folclórico não é atenuante! Prisão com eles, mais um inocente morreu!! Ponhas as coisas no seu devido lugar!!

Barbárie
Se este bando de bárbaros bebeu de mais e à custa disso assassinaram o mais fraco, que não tivesem bebido! Não há desculpas para o indesculpável (muito menos as posses dos nossos heróis - acabar com a pobreza não significa matar os pobres, que eu saiba...). Mas não se espantem nem pensem que é só numa aldeia distante que este espírito heróico está presente. Vejam as praxes académicas feitas pelos "doutores" aos colegas mais novos nas nossas universidades, e descobrem exactamente o mesmo tipo de postura violenta e o mesmo desejo de humilhação do mais fraco como forma de afirmação de um bando de parasitas atrasados mentais! E se estes futuros quadros do pais o fazem na total impunidade (com a conivência por omissão dos respectivos reitores, porque um voto é um voto e há que não hostilizar os eleitores - aqui maiores valores se levantam!), porque não metade do país andar a praxar a outra metade, com os resultados que se vêm?


E os outros?
O que eu acho é que as pessoas que viram ou de alguma maneira nao impediram estes ASSASSINOS de cometer esta acto deveriam tambem se acusadas e levadas a tribunal. Sobre o Presidente da Junta nem faço comentários, a classificação que faz de BRINCADEIRA para classificar um assassinato deve ser bem divulgada por todo o lado para que todos o saibam."



sexta-feira, 19 de outubro de 2007

FLATULÊNCIAS MUNICIPAIS


No âmbito das comemorações do 137º Aniversário da Elevação da Covilhã a Cidade irá decorrer com toda a pompa o Baptismo do Braço Telescópico com Escada em Plataforma Mecânica Móvel dos Bombeiros Voluntários da Covilhã - UFA!!! o peso do nome e a largura é mais pesado e ultrapassa o comprimento da dita.

O nosso Primeiro Ministro irá com toda a certeza deslocalizar a reunião com os seus parceiros europeus para a Covilhã dada a importância desta cerimónia.

Coligações Aberrantes na Câmara de Lisboa


O PSD apresentou uma proposta que, na prática, anula o despacho de José Sá Fernandes para suspender a prática de tiro a chumbo no Parque Florestal de Monsanto.Carmona Rodrigues apresentou uma proposta sobre assessores da Câmara. A proposta foi aprovada com apenas um voto contra - o do BE. O limite salarial de cada assessor passou a ser quase 800 contos...
A última reunião de Câmara em Lisboa trouxe más notícias para a cidade:
1 - O PSD apresentou uma proposta que, na prática, anula o despacho de José Sá Fernandes para suspender a prática de tiro a chumbo no Parque Florestal de Monsanto. Os pretextos são vários e até os jogos olímpicos de Pequim serviram de justificação, pois poderão haver atletas com necessidade de treinar... Talvez por serem os jogos olímpicos da China, o PCP se tenha abstido, deixando assim passar a proposta com os votos favoráveis de PSD, Carmona e Roseta.
2 - Carmona Rodrigues apresentou por seu turno uma proposta sobre assessores da Câmara (uma especialidade sua, como sabemos). Apesar de no início do mandato, muito por nossa influência, a Câmara ter fixado um limite máximo de assessores por força política - mesmo que esta assuma pelouros, o que foi uma grande novidade no país - pretendia Carmona, poder desmultiplicar esse número de qualquer forma, desde que, o valor somado dos salários, não ultrapassasse o valor máximo de salário permitido para cada assessor (€3.064,21), multiplicado pelo número de assessores máximo permitido pela resolução inicial.
José Sá Fernandes afirmou que se tal proposta fosse aprovada, estar-se-ia a desvirtuar a resolução inicial, que tinha como objectivo dotar os vereadores de um pequeno gabinete de apoio, com técnicos qualificados, que fossem da sua confiança política, conhecessem bem o seu programa, etc.
O Vereador das Finanças do PS, por seu turno, declarou que as contas estavam mal feitas: um assessor deveria poder ganhar não €3.064, mas sim €3.950 e isso é que tinha de estar na proposta!
A proposta foi aprovada com apenas um voto contra - o do BE. O limite salarial de cada assessor passou a ser quase 800 contos e, por exemplo, qualquer Vereador pode, em vez de contratar um assessor, fazer uma avença de 100 contos por mês a 8 pessoas.
Sá Fernandes já disse que não ia mexer nem no número de pessoas do seu gabinete nem nos salários (substancialmente mais baixos). Outros não o farão com certeza, senão, não teriam aprovado a proposta.
3 - Sá Fernandes apresentou uma proposta que visava a avaliação formal, feita por uma comissão idónea, dos terrenos do Parque Mayer e dos terrenos da antiga Feira Popular. A ideia era tornar claro aquilo que toda a gente já sabe: PSD e Carmona trocaram ouro por carvão, lesando a CML em milhões de euros. Com uma avaliação dessas na sua mão, o município poderia contestar a permuta feita pela direita.
No entanto, aterrorizados com a perspectiva de dar mais visibilidade ao Vereador que recusou 200 mil euros para ficar calado sobre este negócio, PCP e Helena Roseta juntaram os seus votos aos dos autores da permuta e derrotaram a proposta.
O combate político no concelho de Lisboa está a ficar cada vez mais complexo. Também nunca pensamos que seria fácil... Uma coisa é certa: o aristocrático Clube Português de Tiro, as clientelas partidárias e os traficantes de influências, escusam de dormir descansados.
Bernardino Aranda em "www.esquerda.net"

comissio da esquerda europeia


200 mil foram às ruas por uma Europa Social





"Foi a maior manifestação dos últimos 20 anos, disse o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva. Pelos cálculos da própria polícia, foram 200 mil os trabalhadores e trabalhadoras que responderam ao apelo da CGTP para se manifestarem diante da cimeira de chefes de Estado e de governo da União Europeia, atrás de uma faixa em que se lia: "Por uma Europa social - emprego com direitos". "Pela sua dimensão e pelas suas características, hoje é um dia histórico», disse Carvalho da Silva, sublinhando que agora "vão ampliar-se as alianças sociais e a luta dos portugueses"

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza




Em 2006, 23.5 milhões de pessoas em todo mundo levantaram-se contra a pobreza.Um novo recorde do Guinness foi estabelecido quando milhões de vozes recordaram aos líderes mundiais que a cada dia 50 mil pessoas morrem de pobreza extrema.
Em 2007 o objectivo é bater novo recorde.
No ano 2000, líderes de 189 países assinaram a Declaração do Milénio, um plano global para reduzir em metade a pobreza extrema até 2015; no entanto, a cada dia que passa, 50 000 pessoas morrem de pobreza extrema e desigualdade entre ricos e pobres não para de aumentar.

É urgente portanto LEVANTARMO-NOS E FAZERMO-NOS OUVIR, para que os governos honremos seus compromissos. Tal só acontecerá se tomarmos uma posição clara.

LEVANTA-TE E FAZ-TE OUVIR é uma iniciativa conjunta do apelo Global para a acção contra a pobreza (GCAP), pobreza zero em Portugal e da campanha do milénio das nações unidas - representada em Portugal pelo Objectivo 2015.

O Clube Agenda 21 da Escola Secundária Campo Melo associa-se a esta iniciativa e no dia 17 de Outubro toda a comunidade levará para a escola um balão branco, uma peça de roupa branca ou um lenço banco e no intervalo das 11.40 h vai ser lido o “manifesto contra a pobreza” e seguidamente iremos levantarmo-nos pela pobreza e cantar o "imagine" de Jonh Lennon.

sábado, 13 de outubro de 2007


Só a luta vence o abuso" é o slogan dos cartazes que o Bloco pôs na rua desde o fim de semana passado. Com esta iniciativa, o movimento quer dar a conhecer os temas que vão dominar a agenda do debate com o governo Sócrates no Orçamento de Estado. O cartaz aponta o desemprego, a precariedade e os juros altos como os sintomas de um "país posto no prego" pelo social-liberalismo.

libertem a birmânia


"A Birmânia (Myanmar) é um país do sudeste asiático de que pouco se fala. Faz fronteira com a o Bangladesh,a Índia, a China,o Laos, a Tailândia, e o Oceano Índico. Tem 676 552 Km2 ( uma superfície ligeiramente superior à de Portugal, Espanha e Irlanda, juntos ) e 45 106 000 Habitantes (67 Hs./km.2). Os seus habitantes são maioritariamente birmaneses (69%), aparentados com tibetanos e, mais vagamente, com chineses. Alguns outros povos habitam em 7 Regiões Autónomas (Chin, Kachin, Kayah, Kayin, Mon, Rakhine, e Shan), onde os seus direitos têm vindo a ser violados, pelo que tem havido, e se mantêm, revoltas em várias das mesmas. A capital, tradicionalmente, era Rangoon, agora chamada Yangon: Todavia, em 2006, o governo mudou a capital para uma cidade nova, a cerca de 400 quilómetros para o interior, chamada Nay Pyi Taw (ou Daw). A cultura é inspirada na civilização indiana, e a religião dominante é a Budista.
A Grã-Bretanha dominou o País no século XIX, e integrou-o no seu “Império das Índias”, até que, pouco antes da Segunda Guerra Mundial (1937), a considerou colónia separada. O Japão ocupou o território entre 1942 e 1945. Em 1948, a Birmânia tornou-se independente, tendo sido governada por regimes mais ou menos democráticos, com breves interrupções, até à década de 1970, quando uma Junta Militar tomou o poder. Essa mesma junta tem vindo a governar ditatorialmente o País, embora se tenham sucedido vários Chefes de Estado. O seu ideal é vago. Fala-se num “Socialismo Birmanês”, que ninguém sabe explicar muito bem o que é. De socialismo nada parece ter, e de democracia também não. Em 1988, ocorreram violentas revoltas populares, esmagadas sem piedade. Os protestos internacionais, infelizmente não muito convincentes, fizeram-se ouvir. Em 1990, realizaram-se, mesmo assim, eleições livres, em que a oposição à Junta Militar, chefiada pela futura Prémio Nobel da Paz (1991) Aung San Suu Kyi, recebeu cerca de 90% dos votos. A vencedora não chegou a ser chamada a formar governo, pois a Junta declarou nulos os resultados da eleição, e voltou a governar ditatorialmente. Aung San Suu Kyi foi colocada em prisão domiciliária, onde permanece até hoje. Toda a oposição foi e é reprimida com brutalidade, o que inclui massacres, “desaparecimentos”, torturas, “eliminações”, sempre em nome de uma ideologia de que ninguém entende os contornos. Em 1989, a Junta decidiu mudar o nome do País de Birmânia, ou Burma, para Myanmar, expressão que contém em si o conceito de Comunidade. A nova capital, já referida, foi construída de raiz, e é um conjunto gigantesco, com edifícios enormes e dispendiosos, para onde estão a ser conduzidos, muitas vezes à força, milhões de birmaneses (já se conta mais de um milhão). O País, outrora um dos mais ricos da região, tem vindo a empobrecer a olhos vistos. Florescem vários tráficos ilegais, parecendo que alguns deles estarão a ser exercidos por membros da Junta Militar no poder. O calvário do Povo birmanês é cada vez menos suportável. Vimos na Televisão, nos últimos dias, grupos de populares, apoiados pelo Clero Budista, sair à rua e defrontar as forças repressivas. Todavia, não parece terem saído vencedores. A Junta, tudo o indica, retomou o controle da situação. Internacionalmente, apesar das críticas, hipocritamente menos sonoras do que em vários outros casos paralelos, subsistem reservas por parte de alguns países, com interesses económicos na região, e até com ligações económicas aos tiranos da Junta. Num mundo cada vez mais globalizado, e onde se procura que os Direitos Humanos sejam cada vez mais respeitados, o apoio internacional à luta do Povo Birmanês pela Liberdade é indispensável. Não nos calemos. Em toda a Terra, tem de predominar a dignidade humana."
CLUBE DOS DIREITOS HUMANOS
(Esc. Sec. Rai. Santa Isabel de Estremoz)
Texto de Carlos Luna

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

ASSEMBLEIA MUNICIPAL - MOÇÃO CONTRA O AUMENTO EXAGERADO DO CUSTO DA ÁGUA AO CONSUMIDOR PELA EM – ÁGUAS DA COVILHÃ


“A situação de asfixia financeira devido a dívidas acumuladas e a redução drástica do financiamento das autarquias por parte do governo central levou este executivo camarário a tomar a iniciativa de alienar 49% da empresa ADC ao sector privado.
Por declarações públicas deste executivo sabemos que o negócio está à beira de ser concluído a não ser que o Tribunal Central Administrativo e Fiscal do Sul aceite como válida a Providência Cautelar apresentada pela cidadã Ana Maria Monteiro.
O executivo camarário aprovou uma subida significativa e desmesurada deste bem público, que o deveria continuar a ser, a água.
O Bloco de Esquerda considera esta subida inaceitável e resultado de uma pressão por parte da empresa ganhadora do processo que com toda a certeza se irá comprometer, por uma questão de manter a boa imagem perante os munícipes, a não subir o preço da água nos primeiros anos de gestão. Ora com esta aumento injustificado e inoportuno, a Câmara Municipal da Covilhã assume de antemão o ónus da responsabilidade.
Esta medida deste executivo camarário vem mais uma vez agravar e fazer irromper as dificuldades de sobrevivências dos mais carenciados.
Reafirmamos que a água, mais que um bem público, é um direito social, que deve ser cuidado como direito democraticamente partilhado e não alvo de contingências estreitas de comércio.
A Assembleia Municipal da Covilhã, reunida no dia 4 de Outubro de 2007, delibera considerar inaceitável este aumento exagerado do preço da água pela EM - ADC e vota contra a nova proposta de subida dos preços da água no concelho por parte deste executivo camarário."
Esta foi a Moção apresentada pelo Bloco de esquerda e toda a bancada PSD incluindo os Presidentes de Junta de Freguesia eleitos pelo PSD e independentes com apoio deste partido.

Assembleia Municipal-Período antes da ordem do dia


1. Pergunto, Senhor Presidente da Assembleia Municipal, pelo resultado da tão famigerada Comissão de Inquérito ao Dr. José Armando Serra dos Reis, promovida pela Maioria desta Assembleia, sobre a questão da cessação imobiliária de terrenos baldios nas Penhas da Saúde pelo Baldio de Cortes do Meio.
2. Pergunto igualmente o que é que a Maioria numérica desta Assembleia tem a dizer ao escandaloso donativo da SOMAGUE ao PSD por ocasião das autárquicas de 2001 tornado público pelo Tribunal Constitucional este Verão? Ficámos esclarecidos sobre algumas das fontes de financiamento do PSD. A propósito, mas a SOMAGUE também tem negócios aqui pela Covilhã, não tem? Há pois legitimidade para estarmos vigilantes, parece-nos.
3. Oh Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Cortes do Meio, esclareça-nos lá sobre a legitimidade e legalidade da tal “medalha de mérito” que a Junta de Freguesia de Cortes do Meio atribuiu ao Reverendo Bispo da Diocese da Guarda! E que Sua Excelência Reverendíssima ridiculamente aceitou?
4. Os casos repetem-se: os hospitais empurram para fora deles os cidadãos idosos com prementes necessidades de acompanhamento médico. Há países onde a eutanásia está legalizada mas com o devido e cuidadoso acompanhamento médico. Em Portugal estamos a assistir às tão propaladas políticas economicistas que promovem a eutanásia encapotada, sem o devido acompanhamento médico. Os idosos não são um bom negócio para a Organização Mundial do Comércio e este governo, seu fiel comissário, aposta na morte dos idosos para poupar nas reformas e nos serviços de saúde, evidentemente custosos com os doentes idosos. Como escrevia a jornalista espanhola Rosa Montero no El País de 12 de Agosto de 2007, “Ser viejo es un trayecto”, e, minhas senhoras e meus senhores, torna-se premente conceber novas políticas e novas formas de vida e organização gerontologica, porque para novos velhos são urgentes políticas novas. Um grande projecto de cidadania.
5. Para quem tenha ainda dúvidas que o governo de José Sócrates é o mais fiel promotor das reformas anti-sociais, em Portugal, propostas pela Organização Mundial do Comércio, leia-se o que diz um ministro socialista do governo de direita de Sarkozi, no Nouvel Obsevateur n.º 2231, de 9 de Agosto, página 29, e que declara que o governo de direita francês não se atreve a ir tão longe nessas reformas quanto o governo socialista português, e conclui, dizendo, “quando olhamos para o que se passa em Portugal, constatamos que aqui não há uma quarta parte dessas reformas.”.
(José Serra dos Reis)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

ALTA TENSÃO


"O Supremo Tribunal Administrativo recusou ontem admitir o recurso da Rede Eléctrica Nacional (REN), mantendo assim a decisão de que a REN deve desligar a linha de muito alta tensão entre Fajões e Trajouce, no concelho de Sintra. Uma vitória que deve ser lembrada esta tarde, quando a população de Vale de Fuzeiros, concelho de Silves, se manifestar frente às instalações da REN para protestar contra a linha de alta tensão que vai atravessar a freguesia. Os habitantes desta freguesia estão a preparar uma providência cautelar para evitar a instalação desta linha. Alegam que os riscos para a saúde existem, uma vez que a linha Portimão-Tunes vai passa muito próximo de habitações e terrenos de cultivo e atravessar propriedades com projectos de turismo rural.

À falta de estudos sobre os efeitos para a saúde destas linhas por parte da entidade que as implementa de norte a sul do país, o delegado de saúde pública de Guimarães afirmou ao Diário de Notícias que está a realizar um estudo epidemiológico. Em causa está o que se passa na freguesia de Serzedelo, onde a população tem notado o aumento da incidência de doenças do foro oncológico (76 casos detectados nos últimos 10 anos). O mesmo acontece no bairro da Encosta de São Marcos, em Sintra, onde a Comissão de Moradores afirma que só no ano passado morreram cinco pessoas com doenças oncológicas, tendo movido uma acção popular contra a REN com o apoio de José Sá Fernandes. Também os moradores desta freguesia estarão presentes na manifestação promovida pelos habitantes de Vale de Fuzeiros. O Supremo Tribunal Administrativo recusou ontem admitir o recurso da Rede Eléctrica Nacional (REN), mantendo assim a decisão de que a REN deve desligar a linha de muito alta tensão entre Fajões e Trajouce, no concelho de Sintra. Uma vitória que deve ser lembrada esta tarde, quando a população de Vale de Fuzeiros, concelho de Silves, se manifestar frente às instalações da REN para protestar contra a linha de alta tensão que vai atravessar a freguesia. Os habitantes desta freguesia estão a preparar uma providência cautelar para evitar a instalação desta linha. Alegam que os riscos para a saúde existem, uma vez que a linha Portimão-Tunes vai passa muito próximo de habitações e terrenos de cultivo e atravessar propriedades com projectos de turismo rural.

À falta de estudos sobre os efeitos para a saúde destas linhas por parte da entidade que as implementa de norte a sul do país, o delegado de saúde pública de Guimarães afirmou ao Diário de Notícias que está a realizar um estudo epidemiológico. Em causa está o que se passa na freguesia de Serzedelo, onde a população tem notado o aumento da incidência de doenças do foro oncológico (76 casos detectados nos últimos 10 anos). O mesmo acontece no bairro da Encosta de São Marcos, em Sintra, onde a Comissão de Moradores afirma que só no ano passado morreram cinco pessoas com doenças oncológicas, tendo movido uma acção popular contra a REN com o apoio de José Sá Fernandes. Também os moradores desta freguesia estarão presentes na manifestação promovida pelos habitantes de Vale de Fuzeiros."

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

É UMA ABERRAÇÃO CONTRA A DEMOCRACIA!!!


ACORDO PS/PSD PARA A LEI ELEITORAL DAS AUTARQUIAS LOCAIS

Foi noticiada pela comunicação social a conclusão de um acordo entre o PS e o PSD para a alteração da lei eleitoral das autarquias locais. Segundo foi divulgado, o acordo prevê que qualquer resultado eleitoral seja forçadamente traduzido em maiorias absolutas no executivo municipal.

Trata-se da introdução “a martelo” de uma distorção na proporcionalidade eleitoral e que perverte a democracia: Visam, afinal, alterar as regras para que, por força das dinâmicas e dos resultados, ganhe sempre um dos dois do costume, ou um ou outro, como irmãos a partilhar o poder à vez.

Pelo que já se sabe, da aberração acordada entre as direcções do PS e do PSD forçosamente resultará um maior fechamento e uma maior opacidade da acção das câmaras, terreno mais favorável ao arbítrio e ao caciquismo.

Para o Bloco de Esquerda isso é preocupante e condenável -- e agora ainda mais, pois há escassos 10 dias, foi promulgado o Dec-Lei 316/2007 que atribui muito maiores responsabilidades e competências aos municípios no planeamento e na gestão do território municipal.

Ora, quando no quadro actual, já é o que se sabe e, sobretudo, o que não se sabe sobre a revisão do PDM e a elaboração de Planos de Pormenor, facilmente se antevê o que aí vem. Se já se sabe pouco, menos ainda se saberá no futuro, tudo bem fechado nos gabinetes, longe da atenção, do debate e do escrutínio públicos e, ainda mais, bem longe da atenção dos restantes partidos da oposição.

Tal é o resultado previsível do acordo entre os directórios do PS e do PSD, ou para sermos ainda mais rigorosos, é este o almejado resultado pretendido por estes dois partidos, pesem embora as também mais do que previsíveis declarações em sentido contrário.

Aliás, até nisso até estão bem uns para os outros, mas (infelizmente) ambos estão muito mal para a transparência, para democracia e para os cidadãos.