"Transporta-me para os campos luminosos
onde cresce a papoila e os castanheiros
fabricam o outono devagar. Ou vem comigo
ver o linho e o cânhamo, as terras húmidas
enquadradas por pomares. Esquece o mês,
esquece o dia, as horas são eternas, vão
passando eternamente à beira da estrada
ladeada de pinhais. A caruma
que se acama vem de longe, os fetos
fazem alas aos moscardos e ver as giestas
é a mesma coisa que ficar. Ou não será
mas, atentos aos mosquitos, os cucos
cantam nos motores de rega. E se vieres
ou me levares contigo, lá ao fundo,
desenho-te um ribeiro a ir para o mar. "
Graça Vieira Lopes
4 comentários:
Bela música, belas imagens!
JR
Como eu entendo essa vontade de seguir para o exílio da natureza.
Luís
Andaste na horta, minha tonta!
...pois andei:)com os pés na água:)colhi feijão verde, alface, salsa, erva cidreira,beterraba vermelha, courgettes, cebolas, espinafres... comi lá cenouras lavadas na água do pachancho:):):) hoje a sopa está colorida e muito deliciosa:):):)
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