domingo, 29 de novembro de 2009

... jaime braz exhibition...

In the painting bellow, for the first time, I included free pubicity. Two outdoors on the side of the road, one for Leonard Cohen´s CD "Dear Heather", which was out just before I started this painting, and the other for Aloe vera. The idea for smoking Aloe vera came to me after seeing all lots of different products for sale containing the miraculous plant: yougurts, biscuits, shampoos, soaps, toothpaste, toilet paper, shoe polish, (actualy I never saw the last two). Probabily smoking it will also be good for your health... The two huge cranes forming a door over a highway to the entrance of a city would be a fitting public sculpture to the construction empresarios that, toghether with corrupt local politicians, have been calling the shots in most cities around Portugal.
Restaurante/galleria Adamastor, Foz do Arelho.
December 2009, art exhibition.
Jaime Braz - paintings
Suzanne Oldewarris - collages
Go see

...hoje passei na casa do mestre cutileiro...








sexta-feira, 27 de novembro de 2009

..."a porca questão das cortesãs"...

Há coisas que me levam a espontaneamente coçar a nuca, ouvi hoje o cómico estilete, Francisco Louçã, dizer que no Bloco se diz o que se pensa e que ninguém fica calado, há pessoas que, quando o sangue turvo lhes sobe à cabeça, ousam até dizer tudo. Mas outras há que o nem ousam falar... Pobre Covilhã, que mal frequentada anda, num estro lúgubre e de braço cruzado, o bloco de esquerda anda, por aqui, a abrir caminho ao PSD, nem uma palavra tem a dizer na assembleia municipal nem em lado nenhum, uma supérflua oposição abstracta! Reparai que agora me rio, mas tenho a maior compreensão pela recém-eleita, num partido onde qualquer indivíduo, com curso superior, se arrisca a jogar, fechada numa gaiola de manhas magnetizantes e perniciosas; tenho a maior compreensão, dizia, pela recém-eleita, que em silêncio permanece e, na incompreensível desgarra, vota, espectáculo a que recorrentemente tive oportunidade de assistir, quando criticava o mudismo das bancadas maioritárias, nessa época o bloco de esquerda, dizia tudo o que pensava, levava o martelo para o trapeio e tocava a rebate os sinos, agora jaz morto e arrefece no lajedo da dita democracia, quedou-se-lhe a língua.
Não esperei pelo último suspiro do relógio, nem por isso, fui em tempos recrutada por uma velhacaria que queria mostrar serviço, que horizontalmente talhava caminho e horizontalmente pedia ao patrão um aumento; não esperei para descer último degrau, nem por isso, fui em tempos perseguida por escaravelho da engrenagem que trazia ordem para me calar; não esperei pela comutação da pena, nem por isso, e reparai que uma pessoa nunca esquece que os sonhos são sempre os nossos, não temos que ser cartas infortunadas nem ter orgasmos de papagaio. E no bloco há animais de criação que não ousam dizer tudo..."
Ana Monteiro

...manhã de sexta feira...

...Eu conto já os dias, esperando que este natal se vá embora, não gosto de lugares vazios na noite de consoada...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

...os clássicos do engrossá pila...



























...quero o valentim olaró laró...


Adeus casa de meu pai
adeus largo do quinteiro
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
adeus mocidade nova
adeus vida de solteiro
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem

No tempo das desfolhadas
lá na aldeia era um regalo
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
era o tempo em que eu chegava
a casa ao cantar do galo
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem

Adeus casa de meu pai
adeus quarto da palhada
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
era a cama onde eu dormia
ao chegar de madrugada
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem

Adeus pau de marmeleiro
se ele falasse dizia
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
as pancadas que me deu
quando eu chegava ao ser dia
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem

Adeus também ao meu pai
adeus vida de solteiro
quero o valentlm Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
agora é que eu reconheço
o valor do marmeleiro
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem

...o caso da sandes de merda...

"Mais de cem documentos do escritor Luiz Pacheco, incluindo cartas, entrevistas e críticas literárias, foram comprados pela Biblioteca Nacional por 12 mil euros num leilão que decorreu na terça e quarta-feira à noite, num hotel de Lisboa.
Em declarações à agência Lusa, Nuno Gonçalves, responsável da leiloeira Otim Cum Dignitate, que organizou o evento, referiu que o espólio do escritor Luiz Pacheco (1925-2008) foi adquirido por 12 mil euros pela Biblioteca Nacional, ao abrigo do exercício do direito de preferência. Entre os 150 documentos a leilão, estavam textos de autor publicados em “Literatura Comestível”, entrevistas aos jornalistas Raul Malaquias Marques e Clara Ferreira Alves, críticas literárias, provas tipográficas de “Crítica de Circunstância” e correspondência trocada com o pintor e poeta Mário Cesariny (1923-2006), a jornalista Edite Soeiro (1934-2009) e o encenador, cineasta e ensaísta Artur Ramos (1926-2006).Um cartucho literário datado de 1976, com poemas “amarrotados” de António Franco Alexandre, Hélder Moura Pereira, João Miguel Fernandes Jorge e Joaquim Manuel Magalhães, foi igualmente arrematado pela Biblioteca Nacional, que exerceu novamente direito de preferência, por 800 euros, valor base de licitação. A serigrafia “Jane Eyre”, de Paula Rego, foi comprada por um particular por 1200 euros, mais 800 euros sobre o preço base de venda. Também um particular adquiriu, mas por 1300 euros, o avental impresso com um trabalho da artista madeirense Lourdes de Castro, por ocasião de uma exposição da sua obra, em 1967. Já uma impressão original em cetim vermelho com um dos sonetos que Camilo Castelo Branco (1825-1890) dedicou à prima-dona Laura Geordano, aquando da sua visita ao Porto em 1854, foi vendida por 950 euros, 400 euros acima do montante inicial de licitação. Uma carta do então presidente do Conselho de Ministros Oliveira Salazar ao ministro de Guerra, Morais Sarmento, de 1938, foi arrematada por 320 euros." público

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

...you only see what your eyes want to see...

...jornada de celebração do centenário de Isaiah Berlin‏...


...o lugar do homem no universo...

...eu era feliz e ninguém estava morto...


ANIVERSÁRIO
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui --- ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado---,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Álvaro de Campos, 15-10-1929

... hoje é dia da filosofia...

...afinal quem são os piratas?...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

...ideia sobre transparência...

"Nunca ouvi ou li que as pessoas sejam escutadas de forma clandestina indistintamente, como parece que se faz crer. Há é autorização de juízes para suspeitos de crimes terem o telefone sob escuta e qualquer cidadão amigo ou não de quem está sob escuta terá a sua conversa gravada se lhe telefonar.
Em termos de transparência, acho até que a falta ao segredo de justiça beneficia o combate à criminalidade enquanto o segredo de justiça pode servir para encobri-la porque os dossiers podem ser arquivados ou os actos criminosos prescreverem. Será mais importante revelar a criminalidade infringindo o segredo de justiça ou encobrir a criminalidade com ele?" http://www.ecosecomentários.blogspot.com/
...quem não deve não devia temer...

domingo, 15 de novembro de 2009

...as gaifonas da esquerda folclórica...

"A vida é menos simples que poderia ser"Tchekov
Recolhi no esquerda ponto net, com alguma satisfação, a eleição do meu amigo Pedro Soares, deputado nesta legislatura pelo bloco, para presidente de uma comissão parlamentar dos bovinos, caprinos, porcinos, galináceos, e dos respectivos pastos... A eleição era apresentada na página do partido envolta em grande alarido comemorativo, abraços e parabenizações e outras gaifonas tão características de países do paleolítico político. E , provavelmente, o artigo foi já elaborado a horas impróprias, senão, até davam testemunhos de satisfação da vaca lunda , da avestruz leopoldina, da erótica popota e do urso tripeiro.aqui
Vítima do e, no engano, depressa, porém, me apercebi de que o bloco ficou com a presidência/refugo, aquilo que todos os outros não quiseram e que a eleição afinal é de inerência, coincidência ou destino, e não como resultado de uma eleição, de entre muitos candidatos, pela competência do dito ou mesmo pela exibição seu sorriso. No afã da gaifonaria, parece que à família toda de César o que basta é mesmo parecê-lo...
Em relação à luta de professores, estamos todos na expectativa de que os partidos que instrumentalizaram os professores para capitalizar tachos pelos seus votos, levem a votação, uma proposta na assembleia da república, que encontre finalmente o caminho da baliza e suspenda este modelo de avaliação, acabando ainda com a divisão da carreira, com toda a certeza que todos estes professores não votaram à espera das meras e clássicas acções protestativas, que não comprometem ninguém e muito menos os tachos das excelências, apenas reduzem os professores a uma manada e compêndio de porcos passando para a supervisão do acima eleito presidente.
ana monteiro

sábado, 14 de novembro de 2009

...não-fujam...


Intervenientes principais:
•• Américo Barrocas Gomes – proprietário de terrenos sitos em Covilhã e promotor imobiliário.
•• Vítor Manuel Marques Gomes – filho e procurador de A. B. G.
•• João Manuel Proença Esgalhado – vereador e depois vice-presidente do mesmo município.
Objecto:
•• Loteamento 327 da Câmara Municipal da Covilhã, datado de 1998.
•• Loteamento 474, datado de 2003.
Contextualização:
•• Um diferendo surgiu na elaboração das infraestruturas do loteamento 327. Esse diferendo levou o loteador a apresentar uma Acção Administrativa Especial no Tribunal Fiscal e Administrativo de Castelo Branco contra a Câmara Municipal da Covilhã, que aguarda julgamento desde 2004.
•• Em 2003, em nome do filho, Vítor M. M. Gomes, um Pedido de Informação Prévia é aprovado para novo loteamento, o 474.
•• A 8 de Agosto de 2005, surge uma convocatória do Vereador João Esgalhado, do Pelouro do Urbanismo e Habitação, para uma reunião, onde se pretendem “esclarecer questões relacionadas com o processo 474”.
•• A 24 do mesmo mês a reunião teve lugar, na presença de Vitor Gomes e de uma testemunha - extracto da reunião aqui
•• No dia imediato é enviada uma carta ao Presidente do Município, Carlos Pinto, onde se apresenta a queixa de “coacção” exercida.
•• Uma Acção é apresentada depois, pelo vereador e pela Câmara (com a presença do Presidente e vereadores, até chefes de departamentos, como testemunhas), por difamação, contra Américo Barrocas Gomes e o seu filho Vitor Gomes.
•• Estes últimos foram naturalmente absolvidos, confirmando-se já aqui a atitude corrupta do vereador.
•• Ao mesmo tempo uma denúncia foi efectuada e dirigida à Polícia Judiciária, apontando no sentido das práticas ilícitas dos edis covilhanenses, explicitamente neste caso.
•• Um inquérito moroso e eficaz, onde Vítor Gomes e a testemunha de 24 de Agosto foram ouvidos, deduz o crime de corrupção passiva para acto lícito e ainda de abuso de poderes.
•• A 4 de Agosto de 2008, por despacho do Procurador Adjunto Pedro Lopes Marcelo, é arquivado o processo. aqui
•• A 13 de Outubro, Vítor Gomes, tendo conhecimento do arquivamento, remete o extracto da conversa de 24 de Agosto para o Procurador, tornando-lhe mais que evidente não se ter tratado de “tentar resolver de forma consensual os conflitos”, não trazendo ao Vereador “um comportamento legítimo e aceitável”.
•• Desconhece-se desta forma onde foi o Procurador encontrar “prova” para “tentar promover a resolução extra-judicial e consensual dos conflitos”. Nem como tenha agido “ em respeito pelas regras da legalidade, objectividade e independência”.
•• Desta forma, jamais “toda a actuação da Câmara se mostra sustentada por pareceres técnicos”, dado que estes indicavam no sentido da iminência do alvará. Foi esse mesmo o objecto da reunião, da qual o Vereador quis tirar dividendos, procurando fugir ao processo em tribunal, do qual é o principal visado.
•• O Procurador tudo ignorou, vendo sim, nesses documentos, a “configuração de prática de ilícitos criminais que carecem de investigação, nomeadamente pelo eventual crime de violação do segredo de justiça, e de gravações ilícitas”. Manda avançar um Processo de Inquérito. aqui
Ameaças concretizadas:
•• A partir daí, o loteamento 474 sofreu um retrocesso, com atropelos e contradições, encontrando-se neste momento nova Acção no Tribunal Fiscal e Administrativo de Castelo Branco.
Gente impune:
•• O Procurador, que manifestou não duvidar do que se passou na reunião, quando suspeitou de gravações ilícitas. Que vê provas em ”reuniões consensuais” como as do relato escabroso.
•• O Vereador, que foi eleito em 2005 vice-presidente e que ameaçou e “desviou” (termo utilizado pelo Vereador na reunião citada) o loteamento 474.
•• O Presidente da Câmara, que no dizer do João Esgalhado está por detrás de tudo.
www.no-fujam.blogspot.com/

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

...van diemen`s land...

Foi o nome original, dada pelos europeus, à ilha que integra agora a actual Tasmania, na Austrália.O nome foi-lhe dado pelo explorador alemão, Abel Tasman, em homenagem a Anthony van Diemen, governador das ocidentais indias alemãs, e que mandou Tasman na sua viagem de descoberta em 1642.

...but a day will come in this dawning age, when an honest man sees an honest wage...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

...partidocracia...

"Há muito que as águas da política portuguesa escorrem conturbadas. A cidadania, como se não estivesse já suficientemente em crise, é agora surpreendida com mais casos de corrupção: branqueamento de capitais, tráfico de influências, empresas falsas, concursos e operações fraudulentas, offshores, luvas a banqueiros, e muitos mais etceteras. Como se não chegasse esta cadeia de despropósitos, o acto está ainda protagonizado e associado a alguns políticos, ou melhor, a antigos políticos: pessoas afectas a partidos responsáveis. Homens que deveriam ter comportamentos irrepreensíveis e ser uma referência ética e moral para o resto dos mortais.
A corrupção, seguramente inevitável na vida pública, parece ter no nosso país, proporções, particulares. É consequência da partidocracia e da má qualidade da democracia que se vai gerando. Os maiores partidos políticos não se livram dela: desde o uso indevido e privado de um veículo oficial, até ao desaparecimento de milhões de euros, tudo é possível.
A originalidade lusa, neste campo, demonstra que os corruptos não actuam em comandita, mas por si. E quando surge um escândalo normalmente só afecta um partido. No entanto, raro é o caso onde não exista, para com os supostos corruptos, uma onda de solidariedade entre militantes do partido afectado, militantes interpartidários e até entre partidos. Talvez seja esta a razão que leva representantes partidários, com responsabilidades políticas e institucionais, a afirmarem que “a política não se deve desacreditar”, em vez de irem ao fundo do problema.
A realidade também demonstra que a nenhum dirigente político interessa fórmulas para combater a corrupção, melhorar a eficácia nos mecanismos de controle, as condições de acesso aos cargos públicos, a vigência das regras éticas e a importância da moral pública. Nada disto é objecto de debate e não está na agenda de nenhum. Normalmente, nas suas prioridades encontramos ideias genéricas, posições fugidias e palavras vazias. Não se ouve uma reflexão que vá além da presunção de inocência, da humilhação da família, das peculiaridades dum caso e no período em que sai na imprensa, e da inconveniência de generalizar. Até aqui chegam, porque do que se trata em questões partidárias é de absorver o impacto do assunto e passar a página, para voltar quanto antes ao de sempre.
Em cada novo escândalo, o “colunista mor ” exige que se ponha limite à corrupção política. Limite à corrupção política? Nada mais simples: alterar a forma como são escolhidos os deputados distritais; Instituir eleições directas nas secções concelhias dos partidos, nas federações e para a presidência. E, sobretudo, fazer a separação entre poder judicial e político. Deste modo talvez pudéssemos aspirar a uma democracia e não a esta partidocracia, cuja essência é a impudência, onde uma linha ténue e impercebível, entre o bárbaro e o votante, separa o abjecto do refinamento.
Admito que a corrupção e os oportunistas existiram sempre. A diferença é que em democracia estas coisas acabam por sair à luz e nas ditaduras e regimes autoritários, ou nunca se sabem, ou olha-se para o outro lado esperando que nunca mais se fale quando alguma coisa suja emerge.
Se existissem em Portugal organizações políticas transparentes e revitalizadas, instituições ágeis e eficientes, resguardadas por uma cidadania comprometida nas questões colectivas, o país certamente sairia do lodaçal onde alguns tentam amarrá-lo.
Apesar de não podermos pensar num golpe qualquer, como forma de acabar com a nossa democracia, reconheço, no entanto, que os escândalos de corrupção, geram cepticismo e muito desafecto com a coisa pública. Eles são capazes de promover o populismo e a demagogia que já andam por aí à solta e são muito próprios de regimes opacos e fechados." António Delgado - http://www.ecosecomentarios.blogspot.com/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

...kamaru patuscone peidocon... amigo, humilde e sincero...

Espero que hoje, neste teu fim absolutamente imerecido, tenhas encontrado o teu Timbuktu: " a terra das palavras, e das torradeiras transparentes, o país das rodas de biciccleta e dos desertos escaldantes, onde o cães falam como iguais com os homens"...
...As tuas orelhas em desalinho vão ficar sempre comigo... as tuas vizinhas lagartixas vão ter muitas saudades:)...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

...atitude, vitória, qualificação garantida...

...o mundo está a ficar cada vez mais pobre...

L'anthropologue et écrivain Claude Lévi-Strauss est mort dans sa 101ème année, avons-nous appris ce mardi 3 novembre. Né le 28 novembre 1908 à Bruxelles, il a été l'une des voix majeures des sciences humaines du vingtième siècle. En un siècle, il a accompli ce que peu de scientifiques réalisent : une carrière d’ethnologue, une oeuvre d’écrivain et une trajectoire intellectuelle qui a imprégné l'ensemble des sciences humaines et sociales. Il fut notamment l'une des figures fondatrices du structuralisme. Son livre le plus célèbre, Tristes Tropiques (1955), ouvrage tout à la fois autobiographie, philosophique et ethnographique, aura rencontré un public mondial. Trois ans plus tard, son Anthropologie structurale jette les bases de son travail théorique en matière d'étude des peuples premiers et de leurs mythes.
SciencesHumaines.com lui rend hommage cette semaine, en publiant, en accès libre, l'intégralité du dossier Lévi-Strauss, que nous lui avons consacré à l'occasion de ses 100 ans, et qu'il avait pu lire. Ce dossier contient, outre les clés pour mieux appréhender son rôle et mieux comprendre son oeuvre, des textes rares et inédits signés Claude Lévi-Strauss.
Voir notre dossier : Comprendre Claude Lévi-Strauss

terça-feira, 3 de novembro de 2009

...but if you try sometimes you just might find...

...de cá e de lá...

...uma grande ideia...

...fuck you...

"Arnold Schwarzenegger, governador do estado da Califórnia, costuma anexar notas pessoais às suas decisões de veto de determinado projecto. Recentemente, num despacho enviado a um membro democrata da assembleia estatal que o tinha criticado no início deste mês, Schwarzenegger ocultou na sua mensagem - aparentemente normal - a expressão “fuck you ". O destinatário da mensagem era Tom Ammiano, autor de um proposta de lei sobre o Porto de São Francisco, que no início do mês de Outubro criticou Schwarzenegger, tendo-lhe inclusivamente dito que “lhe beijasse o seu rabo gay” (kiss my gay ass).Dias depois, a resposta de Schwarzenegger, apesar de mais críptica, foi sucinta: juntando as sete primeiras letras do corpo da mensagem que o governador endereçou a Ammiano rejeitando a sua proposta, forma-se, na vertical, a palavra “Fuck You”.O porta-voz do governador, Aaron McLear, apressou-se a dizer que se tratou de uma “coincidência estranha” e que quando um gabinete emite tantos vetos por ano, é natural que isso aconteça. O porta-voz de Schwarzenegger chegou a adiantar que, no passado, já se formaram palavras como “sabonete”, “poeta” e “orelha”.Porém, o jornal “Independent” deu-se ao trabalho de fazer as contas e chegou à conclusão que as hipóteses matemáticas de uma “coincidência” destas acontecer é de oito mil milhões para uma." público

domingo, 1 de novembro de 2009

...empurrar o barco...

Capítulo Delphi
O ignóbil valente presidente, sempre pouco sensível ao crepúsculo agonizante anunciado em 2007, na ameaça do despedimento de 500 trabalhadores, com palavras plenas de dissimulada iniquidade, deposita agora grinaldas de musgo nas vidas quotidianas de todas as famílias da Guarda, todas elas, um pai ou uma mãe, um filho ou uma filha, um irmão ou uma irmã, estão no cortejo dos condenados. Em cima de suas cabeças conta é a certeza da pena do tombar no olho da rua.
O ignóbil valente presidente onde, num outrora recente, presumiu a soldadura dos votos, é hoje o porta-grinalda da gratidão, é agora o sopro na ferida, pleno de iniquidade, à fábrica de morte, quase que um presunçoso zumbido aos ouvidos dos súbditos trabalhadores, de que afinal não têm porque se queixar de tudo, agradecido à Delphi por ter presenteado a Guarda com a sua presença, e assim se cavam valas de resignação cada vez maiores. Homem de envergadura que sempre resistiu ao apelo, sempre mais-que-legítimo, dos trabalhadores no sentido de serem conversados e resolvidos os seus destinos.
Questionado bastas vezes sobre que medidas iria tomar perante o anúncio do crepúsculo da Delphi, o ignóbil valente presidente molha o dedo na língua, que está na altura de mudar a página, e com esse mesmo dedo na boca atarraxa o silêncio. Do parapeito da sua janela prometeu, no circunscrito tempo das promessas, umas centenas de empregos para a cidade, esqueceu o prefixo “des” (empregos), e bastas vezes, quase sempre, ou, enfim, bastas vezes, esquecer um prefixo faz toda a ladeira da diferença e da indiferença injusta.
Temos ainda que levar com a falta de desvelo, do socialista deputado eleito pela Guarda, Francisco Assis, que lá se foi refastelar na poltrona do poder, eleito pela cidade onde não existe e nem tem vontade de existir, pela cidade que, pela sua mansidão e proximidade da benignidade original, o livra de ser encostado novamente às “cordas” ou a outra ousadia nas consequências.
E as trapalhadas ministeriais? Não fica um ministro na história, na Guarda, pelos seus mais-que-evidentes dotes tauromáquicos, mas por uma tamanha prova de falta de vergonha, do já dito pelo ainda não dito, adiando a verdade com a utopia medíocre da manutenção do posto de trabalho em Castelo Branco.

Ainda no capítulo Delphi

Chamou-me a atenção uma nota do blog de um pequeno partido de esquerda, a deslocação à cidade da Guarda de uma deputada de Lisboa, uma tal de Mariana Aiveca. Estranhei, porém, que, em todo o texto, viessem apagadas as iniciativas locais do partido, ao nível local, e do deputado eleito para a Assembleia Municipal nesta cidade, Jorge Noutel, eleito nas abas do umbigo desse mesmo partido.
Aiveca, na maquilhada simpatia do partido de quem vem fazer mostrar que existe e fazer a sua carreira política, declara à Lusa que o governo "não tomou qualquer tipo de medida a montante, quando já previa que esta situação viria a acontecer", e ainda, "o Governo tem, na prática, assistido ao desmantelamento daquilo que são as empresas que criam valor acrescentado, que criam mais-valia e que podem ser contributos importantes para a economia nacional". Muito bem dito senhora deputada, mas, e, aliás, faltou acrescentar, preocupações bastas vezes manifestadas pelo deputado local Jorge Noutel, quer na Assembleia Municipal da Guarda, quer em anteriores deslocações a Delphi. Não querendo fazer a apologia do deputado, mas, um partido que persiste na furna do eucalipto Lisboeta abre o caminho mais-que-suficiente para um eterno desaire autárquico, que na Guarda até foi excepção com a eleição de mais um deputado municipal.

Ainda no capítulo Delphi

Temos ainda de aturar o clamor rude do prelado, bispo da cidade, oferecendo o colo da sua mesquinha glande de aranha. Fácil de compreender a intenção do predador de fés, é ele quem mais capitaliza no tempo da troca da alma pela esmola, daí se faz a grande festa. Desengane-se senhor bispo, esta gente está, e apenas, com vontade de manter o seu posto de trabalho, há confortos que agora ecoam ao espectro da falácia, fora do tempo, toda esta obstinada bondade embaraça estes trabalhadores.

Voltando ao capítulo Delphi

Reaparece já o mito, o rumor e a reedição da “emigração” para estes 500 proscritos.
Ana Maria Monteiro

...notas soltas sobre o pénis...

"Desde os tempos mais arcaicos, este órgão foi venerado como um símbolo. Na sua história, Heródoto descreveu um culto fálico entre os egípcios: “num andor era transportado um enorme falo que as mulheres aclamavam em delírio pelas ruas”.Em Portugal há quem veja nas noivas de Santo António e no culto a este santo reminiscências de práticas semelhantes.Em Alcobaça conhecem-se vários lugares onde as mulheres com problemas de concepção ou de casamento se iam “encomendar” no séc. XVII; antigos cultos que a igreja católica “nacionalizou” e que hoje se vêem sublimados igualmente na Senhora do Leite e na Senhora de O.Na actualidade, o culto ao falo, ainda se encontra um pouco por todo o mundo, mas é mais visível nos lugares onde o catolicismo não conseguiu destruir formas religiosas primitivas, como fez em alguns por onde passou.Há em certas zonas do planeta reproduções de enormes pénis dispostos pelas ruas como monumentos. Eles têm simultaneamente carácter religioso, simbólico e estético, e são visitados por casais que se encomendam a estes ídolos pelas mais diversas razões, mas sobretudo para tentar solucionar problemas de procriação.Em Portugal a religiosidade “fálica” está reflectida e sublimada nalgumas das formas que referi.Entre as várias coisas que celebrizaram as Caldas da Rainha encontra-se o artesanato caracterizado por um falo ou fazendo referencia a ele. Uma espécie de ídolo, que o tempo transformou em símbolo de identidade desta característica cidade.A linguagem popular também está impregnada de muitas referências ao falo, ele é utilizado como modelo ou unidade métrica de todas as coisas. Tudo é bonito, grande, feio, bom, elegante, alto, rico, como o... dito cujo! E quando alguém nos diz que choveu como o... dito cujo, sabemos de imediato que foi algo diluviano. Apesar do símbolo que o grafismo linguístico sugere, nunca entendi ao que se refere um homem, quando diz que uma mulher é boa como o... dito cujo! Ou que isto ou aquilo é bom como o...”coiso”! Será que este padrão utilizado por machos assenta no conhecimento efectivo do modelo?Pela via da saúde pública, o falo ganhou de novo relevo entre a população masculina, não só pela suposta diminuição do seu tamanho, mas também porque, pela boca dos cientistas, está a diminuir a quantidade de espermatozóides. No entanto, parece que é o tamanho que preocupa o macho (ver DN 18/2/2001 e 26/2/2007). Muitos homens não estão satisfeitos com a dimensão do seu pénis e querem-no maior. Este problema afectou de tal forma a saúde pública em Moscovo, que foi criado um hospital com serviço de urgências para pénis, 24 H ao dia (El País 24.2.2001).Em Espanha, um recente estudo feito a 582 homens entre os 22 e os 75 anos, revelou que a medida média espanhola do pénis é entre os 7,1 cm e os 12,43 cm (de 12,43 cm e a mínima 7,1cm). Os resultados, ao que parece, são similares aos de outros países, mas detectou-se nos inquiridos deste país um “pavor ao micro pénis”, que parece ter provocado uma espécie de síndroma da medição, fazendo com que muitos verificassem se a longitude do seu obedecia aos padrões mínimos de 7,1 cm flácido e 12,43 cm na posição de máxima extensão.Os outsiders podem recorrer a um programa de alargamento. Não atando-lhe uma pedra, mas através de aparelhos de atracção mecânica de tecidos do organismo, numa cirurgia de alongamento. Além disto falou-se na criação de uma “associação de pénis sem fronteira”, para regular as desigualdades entre países que têm cidadãos com pénis maiores e os que tem pénis menores: uma intenção que resvalou, segundo parece, nos loobies dos preservativos. Talvez o genoma seja a esperança no combate destas assimetrias: aguardamos!Por sua vez, as mulheres, estão ocupadas com outro tema. O antigo dito que o tamanho não é importante, mas sim a forma como se usa, recobra actualidade. A este dito deve-se juntar um outro, “não há mulheres “anorgásmicas”, mas sim homens inexperientes”. A questão está num invento recente que anda na boca de todas e que possibilita à mulher chegar ao orgasmo apertando apenas um botão. Segundo parece, com um implante sensível e um simples comando à distância, a mulher pode ter orgasmos sublimes. Ao médico que descobriu casualmente este sistema, a primeira mulher que o provou ter-lhe-á dito: “o doutor tem de contar ao meu marido, como fez isso”. A mulher levantou-se da mesa de operações com lágrimas de felicidade e o médico em honra a Woody Allen, pretende que o seu descobrimento se chame Orgasmatron. No entanto ainda não está decidido como baptizará comercialmente a descoberta.Suponho que os comandos à distância estejam estritamente personalizados, senão imaginem alguém, inadvertidamente, a pô-lo em funcionamento e a provocar, por engano, um orgasmo na vizinha; ou que o comando caia nas mãos de um sabotador e este o utilize, para alguém ter orgasmos múltiplos, em momentos e lugares indevidos... Bem, depois do Viagra, agora isto! A ciência e a tecnologia surpreendem-nos sempre, ao ponto de agora nos fazerem “orgasmar” de estupefacção! " http://www.ecosecomentarios.blogspot.com/