terça-feira, 27 de julho de 2010

...a oposição em portugal...

"Concordando todos os anarquistas que a oposição que existe é apenas oposição política e não oposição ao sistema, é a primeira que eu vou analisar.
Tem-se verificado frequentemente uma certa concordância entre oposição e governo no que toca a algumas matérias, a isto se tem chamado bastas vezes de pacto de regime. Ora mesmo nós assistindo às acaloradas discussões parlamentares e arengas, essas são muitas vezes mais um engano do que a verdade em torno do que se julga ser prática oposicionista.
Os partidos praticam apenas oposição de circunstância e meramente procurando a reforma social das instituições, pretendendo conseguir a melhora de vida das populações, o que conseguem é reformar um Estado irreformável, e o que se vem a verificar é a continuação da prática das desigualdades e ignomínias que são o corrente da organização estatal.
Ora não se vê nem dos ditos partidos supostamente progressistas e de esquerda uma prática de luta social, manifestações e/ou outras práticas que visem aumentar o conflito social que se impõe numa sociedade onde imperam cada vez mais os despedimentos, o baixo nível de vida, a precariedade laboral e o desemprego, bastas razões para aumentar a luta directa dos trabalhadores ao invés de continuarmos a aturar vezes sem conta a inútil arenga parlamentar. Com isto não quero dizer que existe alguma razão para conservar a existência inútil dos partidos, mas tão só dizer que só a luta social e a acção directa interessam e são a verdadeira forma de oposição: a popular.
Só a acção na rua e o seu aumento, bemmcomo o recrudescer e fomentar de acções de luta extra parlamentar (pois só estas lutas interessam), só elas preenchem os verdadeiros interesses da classe trabalhadora que hoje é explorada de forma tão ignóbil como nos tempos idos do século dezanove, mas com novas e avançadas técnicas de exploração.
Cabe-nos a nós anarquistas e outros grupos autónomos executar formas de oposição directa ao regime actual e às suas causas de desigualdade social, de forma a melhorar as condições de vida destas. Devemos procurar entendermo-nos com grupos autónomos e não políticos que visem como nós uma efectiva oposição ao actual e eterno estado de coisas. Busquemos mais e novas formas de protesto e acção contra a situação social actual e o Estado, pois de “oposição” no parlamento estamos nós fartos!"
extraído de revista "Húmus" aqui

1 comentário:

Alexandre Júlio disse...

Olá!

Cheguei aqui por acaso, pela tua passagem por Montemor, que reportastes num Post em 2009 sobre o verdadeiro Trombeteiro

Não posso concordar mais contigo que numa sociedade onde imperam cada vez mais os despedimentos, o baixo nível de vida, a precariedade laboral e o desemprego, é urgente que o povo desperte a sua consciência e se insurja contra estes atropelos ao estado democrático, através da luta directa dos trabalhadores contra os interesses económicos instalados e que sugam o suor dos trabalhadores, como vampiros.

É verdade que a classe trabalhadora que hoje é explorada de forma tão ignóbil como nos tempos idos do século dezanove, mas com novas e avançadas técnicas de exploração.

Fiquei admirado com a tua ligação á minha terra - Montemor.

Bem hajas, saudações deste Além Tejo sem fim.

Alex.